sábado, 5 de setembro de 2009

O que perdemos enquanto procuramos Belchior?


O desaparecimento de Belchior, reportado pelo Fantástico, foi anunciado aos quatro ventos, moveu jornalistas, humoristas, fãs, e muitos curiosos. Chegou a ser comentado até em veículos informativos do exterior, em suma teve uma repercussão sensacional, ou quem sabe, sensacionalista.

Mas a questão é que o próprio Fantástico encontrou o cantor, em uma pousada no Uruguai. Segundo Belchior ele estava realizando um trabalho naquele país já fazia um tempo, mas pretendia voltar para o Brasil, chegou a ficar realmente surpreso com a noticia de seu desaparecimento.

Logo, após mover meio mundo para encontrar este homem descobrimos que ele não havia “sumido” realmente. Apenas não tinha avisado para a Globo que ia pro Uruguai. Chegamos à conclusão de que não havia nada de relevante acontecendo em nosso país ou no mundo, então resolveram lembrar-se de um “artista sumido” para preencher o espaço das matérias. Talvez seja isso, ou talvez simplesmente seja mais interessante para a população saber o paradeiro de Belchior do que saber que está em tramitação no congresso nacional um projeto de reformas políticas que, nas palavras do próprio presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, Carlos Ayres Britto, tem grandes problemas, pois, ao referir-se ao dito projeto ele diz : “...a democracia perde com esse projeto. A Justiça Eleitoral está entendendo que, com base na sua experiência, jurisprudência, visão de direito eleitoral, o projeto poderia servir bem melhor à transparência, à visibilidade e à segurança do processo de votação.”

Mas afinal, saber das alterações que serão feitas nas eleições não deve ser do interesse público. Assim como o caso Palocci (aquele ainda, do caseiro) que foi finalmente arquivado pelo Supremo Tribunal Federal no último dia 27, do qual pouco, ou quase nada, se falou.

Deveríamos, ao sentarmos para assistir um programa informativo, como o Fantástico, receber informações relevantes, como a aprovação da Aneel(Agência Nacional de Energia Elétrica) para que a rede elétrica possa ser usada para a transmissão de sinais de internet banda larga, diminuindo os custos ao consumidor e proporcionando um desenvolvimento acessível, e não sensacionalismo.

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